Primeiras Impressões de A Protetora

            Para essas Primeiras Impressões , li as primeiras quinze páginas que correspondem a 10% da obra,além de observar a capa, as notas como sumário, dedicatória e prólogo.

            Vale ressaltar que para Primeiras Impressões não leio  sinopse, deixando para faze-lo apenas após a leitura de toda a obra para não me influenciar.

A capa da versão física, em preto e branco, trouxe dramaticidade e grande impacto visual.

A orelha da capa traz uma frase contundente:"Até onde voce iria por amor a uma causa?" e mais, " Qual o 

limite entre o protetor e o acumulador?".

          Na orelha da contracapa, conhecemos a biografia da autora Sandra Alves do Nascimento. 

               Ainda que A Protetora seja seu primeiro romance, ela já publicara em 2013 "Apostila Específica para Enfermeiros"-uma obra didática.

A nota de abertura revela que a trama foi baseada em experiências reais vividas pela autora.

      O Prólogo funciona aqui como uma Apresentação , trazendo uma reflexão para o leitor da importancia de cuidar e servindo também  para um importante  desabafo: as pessoas tiram  proveito da generosidade,  abusam desse desejo de cuidar para transferir responsabilidades para quem traz na alma a missão de cuidador.

    A partir do primeiro capitulo vamos conhecer a jovem Eva Maria da Silva, de 26 anos,nordestina, nascida e criada até os dez anos na zona rural.Recém formada em enfermagem , procurava seu primeiro emprego.

     No início da trama,  fora contratada verbalmente pela prefeitura, para trabalhar no centro de saúde da zona rural. Não fez amigos no centro de saúde,ao contrário!.

      Irmã mais velha, morava distante dos irmãos Helena e Marcos. Além disso, era filha de pais separados .

    Ela estava sozinha.

Mas a solidão não está  na ausencia de pessoas e sim em uma condição interna. Mesmo ocupada, vivendo numa casa recém- alugada, com uma cidade a desvendar, Eva se sente incompreendida e se isola, cada vez mais.

        Só no terceiro capítulo tomamos conhecimento de como sai de cena a enfermeira e surge a protetora Eva: encontrou abandonada uma gatinha preta de tres mesese a chamou de Sam. 

           Se apaixonou pela gatinha, apesar de achar que seria incapaz de amar outro animal como amara seu frajolinha- termo referente a pelagem do gato preto e branco-, falecido a seis anos.

Escrito pelo Ponto de vista da protagonista, em primeira pessoa, não vi regionalismos na linguagem.

Apesar de presente, a menção ao ambiente físico é suficiente para situar o leitor ,sem grandes descrições.

E possivel que a obra se configure numa novela literária, por ser focada apenas na trama de Eva .Se outros personagens tiverem tramas gravitando em torno dela e não desenvolverem histórias próprias, entao a Obra A Protetora é,de fato, uma novela.

Minhas impressões : Eva é um pouco ingenua e depressiva, não foi difícil perceber que ela compensa a solidão através do amor pelos animais. E um livro intenso, delicado e mexeu com minhas emoções porque tenho cães e gatos e como ex -estudante de veterinária, também eu recolhi meu primeiro cão ao chegar da faculdade ,no caminho de casa. Na época eu tinha 21 anos. Ao contrário de Eva,porém, não experimentei solidão tão intensa....Hoje tenho cães e gatos, e me vi perguntando qual o limite entre proteção e acumulação?

💜 Vale a pena conferir A Protetora de Sandra Alves do Nascimento . Em breve, resenha Completa!💜 

E participe do debate literário deste livro, no dia 6 de Dezembro às 19 horas na página no Facebook do Café Literatura!

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